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Atacama de Kombi - ¡Mira vos!

Como é bom dormir como uma pedra! Você deitar de uma forma, muito cansado, e acordar da mesma, renovado. Não disse no dia anterior mas o rádio com a buraqueira da estrada, pifou. Mais um motivo para dizer que a estrada era realmente uma bela porcaria.
Quando levantei fui lavar a cara e vi que a nossa companheira, a cadela e seus filhotes, não estavam mais ali. Pedi para o Paulo, que já estava acordado, onde estavam os "cusquinhos"? Ao que me responde que a cadela havia levado todos para a casa durante a noite mesmo. Acho que o ambiente ficou tumultuado demais para ela gerenciar tudo.
Muito bem, não tinha muito que fazer, resolvi tentar arrumar o rádio. Para quem acertou uma, quem sabe a sorte estava ao meu lado ainda. Sentei no banco do carona, puxei o rádio para fora. Todos os cabos estavam ligados, liguei ele, ligou mas nada de som. Tirei a fita busquei uma rádio e o som funcionou. Logo só podia ser algo com o motor da fita, afinal ela não girava. Coloquei novamente a fita e prestei atenção no som que ele produzia, a primeira impressão é que o motor estava funcionando pois tinha barulho, mas não girava. Hum, pode ser que soltou alguma peça. Vamos abrir! Digo vamos pois o Gustavo e o Vini já tinham se achegado ao meu lado. Gustavo no banco do motorista e Vini do lado de fora do carro. Mas antes de abrir temos que romper o lacre de proteção. E agora? Gritamos para o Ronaldo para ver se podíamos fazer isso, afinal o rádio é do irmão dele. Sinal verde dado, parti para a ignorância, alicate de corte para tirar o lacre. Este lacre era uma peça de ferro que envolvia todo o rádio. Suei para tirar a bendita peça. Depois de torcer ela toda, cortar daqui e dali, foi-se o lacre. Tirando a primeira proteção vi de cara que estava certo. A borracha que serve de correia entre o motor e a peça que gira a fita tinha caído. Mas como abri o rádio do lado errado, tive que abrir o outro. Coloquei a peça de volta no lugar, e coloquei uma fita. Expectativa antes de ligar o rádio, liguei, e o Raul Seixas voltou a cantar na caixa. Que maravilha!
Como troféu um pão e os parabéns do pessoal pelo feito. Estava na hora de seguir viagem, limpamos o lugar, fechamos as mesas e as cadeiras. Montamos tudo na Kombi, procuramos o Carlos para nos despedir, infelizmente não encontramos ninguém por lá. Vamos embora, Delon no volante afinal era ele o dono e o único a ter carteira internacional. Mesmo não sendo necessária achamos melhor ele ter e passar todas as alfândegas dirigindo, assim evitaria explicações ou suplicas. Documentos em mão, rumo à fronteira. Até o momento sem dúvida os melhores kilometros de asfalto do Rio Grande do Sul.
Passamos para o lado dos "hermanos", agora era só passar a alfândega e pronto. O carro da frente passou numa boa, a Kombi teve que encostar. Que frio na barriga, mesmo não tendo nada de errado sempre dá um certo medo. Pessoas que não falam a mesma língua que a tua, que estão sempre buscando algo. O Delon e o Vini ficaram falando com o guarda que verificava os documentos de todos, documentos do carro, destino. E o resto na Kombi. Nisso chega uma senhora que devia ter por volta dos 60 – 70 anos de idade. Ficava do lado de fora da Kombi só olhando, ia de um lado para o outro. Até que pediu para todos descerem, olhou de fora sem entrar no carro. Depois de ver dentro pediu para que tirássemos todas as bagagens, eu e o Ronaldo prontamente o fizemos numa colaboração de formigas, eu dentro da Kombi e ele fora. A agilidade para tirar as coisas de dentro era algo, dois dias de treinamento bastaram para em um minuto colocar todas as malas e o que tinha sobre os bancos para fora. A senhora entra dentro da Kombi e parecia farejar como um cachorro todos os cantos. Realmente parecia um "Labrador" que busca droga no meio das coisas, nos controlávamos para não rir da situação. Depois de entrar e mexer em tudo, sai do carro e começa a apalpar as malas. Ia liberando uma a uma. Todas as malas vistas ela ia saindo e no meio do caminho resolve voltar. Pára na frente da porta, olha para o Paulo e pede que estilo musical nós tocávamos. Ele sem entender o que ela disse, respondeu: "Nenhum.". Puts, pensei, como não tocam nada se tem dois violões? Vi que a cara dela era a mesma da minha, intervi rápido. "Não somos uma banda. Apenas o Delon e o Vini tocam por puro prazer." Disse isso em um castelhano muito ruim, e apontei os dois enquanto falava. Ufa, ela entendeu e saiu.
Depois deste pequeno momento de certo medo, volta o Vini, Delon e Ale com os documentos e um monte de panfletos de Corrientes. Agora definitivamente estávamos dentro da Argentina, segundo os papéis temos 90 dias para ficar no país. Foi aqui que ganhei o primeiro carimbo no passaporte, meio a contragosto de ser da Argentina o primeiro mas tudo bem.
Agora fui para a casa de cambio que tinha na alfândega mesmo para trocar o dinheiro da caixinha. A caixinha era o local onde colocávamos sempre US$ 50,00 por pessoa para despesas gerais, comida, gasolina, camping, enfim gastos gerais. Fiquei responsável pela caixinha talvez pelo fato de ter um lugar camuflado para por grana. Muito bem fui trocar a grana. Pesos no bolso, passaporte carimbado, vamos seguir viagem. Primeira cidade, San Tomé, primeiras impressões do país. Linhas retas, asfalto bom, sinalização idem e pessoal cordial, cordial? Só podemos estar em outro país os Argentinos não são assim.
Aqui já ficamos meio contrariados, esse cara estava apontando para o nosso estado de uma forma que queria dominar o local. Mesmo sendo um belo monumento metemos pau, afinal o que pensava ele de apontar para o nosso país, principalmente para o nosso estado. Merecia umas "bifas" por este gesto insolente. Seguimos viagem rumo a cidade que lembrava mais as missões que qualquer outra coisa. Na entrada da cidade um monumento com a cruz das missões, tudo muito bem conservado. Aqui ocorreu o primeiro erro na direção. Como todos diziam que devíamos seguir para San Tomé, pegamos a direita nesta foto e seguimos os 4 km indicados na placa. Chegando no centro da cidade pedimos informação para um cara que estava sentado em uma cadeira na varanda tomando um mate. Disse que estávamos indo para a direção totalmente errada, tínhamos que voltar e no marco com uma cruz seguir reto.
Quando passamos por aqui no mínimo estávamos deslumbrados por estar em um novo país, por ser a primeira viagem internacional, sei lá. Pelas indicações do educadíssimo senhor argentino (devemos ter errado de país, ou vai ver que é brasileiro e está perdido por aqui, outro argentino educado?) nós passaríamos por trás deste monumento e seguiríamos na direção dos 151 km indicados na placa. Que bando de "manés" não tínhamos lido o nome da próxima cidade chegando a San Tomé. Seguimos a Posadas a 151 km de San Tomé. Mais belas estradas e com sinalização tão boa que as vezes não faz sentido. Explico, acredito que devem conhecer a sinalização brasileira, que é para ser igual a de todos os países do mundo. E é, mas um dos lados está interpretando ela de uma forma diferente, não sei se é o Brasil ou a Argentina. Aqui temos placa de curva leve quando a curva requer que você pelo menos retire o pé do acelerador. Uma curva moderada para nós quer dizer que você deve dar uma pisada no freio para perder um pouco o embalo, e normalmente não é possível fazer a curva de uma forma segura acima dos 80 km/h. E por fim tem as acentuadas que a flecha beira o ângulo de 90 graus, deve estar por volta dos 60 à 70 graus, esta sim é forte. E é bom que reduza. Na Argentina pelo que pudemos perceber já no início é que a coisa não é bem assim. A placa leve é para uma curva que até hoje ficaria procurando. A média você sente que existe uma curva, mas ela não faz diferença e a acentuada você realmente vê a curva e dá tranqüilamente para fazê-la a 90 à 100 km/h. Esse deve ser um dos motivos por tanto acidente com Argentinos no Brasil. As curvas que eles põem placas de nível leve e médio nós nem marcamos. Outra coisa de loco é a marcação de aclive e declive. Qualquer subida por mais ridícula que seja é marcada. Isso no Brasil seria motivo para roubar a placa afinal estaria sinalizando algo inútil. Mas isso não é nem o começo da sinalização, virá mais.
Espantos a parte com a sinalização seguimos viagem, agora a Kombi pedia gasolina, estava chegando a ¼ de tanque. No primeiro posto de gasolina tínhamos que parar independente do preço. Achamos um, mandamos completar o tanque com a normal, exatos 37 litros foram abastecidos, 60 pesos ao todo. Detalhe a relação do peso real é: 1 peso = 0,73 reais. Isso não dá nem 50 reais. No Brasil gastaríamos para a mesma quantidade de gasolina 95 reais. Mais um motivo para espanto, nosso dinheiro agora vale alguma coisa.
Seguimos na rota que leva a Corrientes, uma cidade que pelos folhetos era o paraíso na terra. A estrada realmente é uma coisa de louco, uma senhora zona de escape, retas que pareciam sem fim. Quem acha que pega reta indo para Uruguaiana é porque nunca dirigiu na Argentina. Na estrada achamos um lugar para comer, paramos porque tinha um prato que o Paulo não parava de falar dês da hora que entramos no país. "Parrilla", não tem nenhuma ligação com a "Paeja", nem de longe. A "Paeja" é feita com frutos do mar e a "Parrilla" é com miúdos de bode. Pelo que o Paulo descreveu parecia ser boa, mas infelizmente não tinha. O Negócio foi comer um churrasco mesmo. Uma costela de uma maciez e de um sabor que deixava qualquer carne aqui do Rio Grande do Sul no chinelo.
Este primeiro "restaurante-lancheria" nós só paramos porque a fome era maior que o nosso senso de higiene, ou o nosso temor por algum tipo de salmonela. O lugar muito estranho, o banheiro ficava numa casa mais a esquerda da foto, longe do local onde comíamos. Não tinha água só luz. Mas só tinha luz no "restaurante". Os pratos eram lavados em uma bacia com água de algum lugar. Enfim uma "biboca". Mas como estávamos de viagem, e a meta era ver de tudo, começamos bem. Aqui tivemos o nosso primeiro contato com uma cerveja de litro, uma "Bud" de litro. Tomamos um refrigerante tipo cola que deixava a Pepsi no chinelo, mas não ficava a altura da Coca. Vimos algo que merecia uma foto, o Frenet "El Diego". Esse já vinha misturado pronto para beber. Normalmente se compra o "Frenet" e depois você mistura com o que quiser. O "Frenet" lembra o sabor da nossa "Olina". Com um pouco de álcool dá uma boa entortada. Na Argentina o "Frenet" é tomado normalmente misturado com Coca-Cola. Bem gelado é bom, mas na hora que começa a esquentar é de doer na alma de ruim.
Comemos bem, bebemos umas cervejas e seguimos viagem. Durante o caminho mais retas e muitos postes de alta tensão. Chegou uma hora que seis torres acompanhavam a estrada, até que chegaram a uma central e se distribuíram em oito linhas. Mais tarde soubemos que ali era um local com barragens para gerar energia. Mais algumas horas de estrada paramos o carro para ver se estava tudo bem. Descemos e ao longe um peru, com seu som peculiar e engraçado, deu sinal ao dono da casa que alguém estava por perto. Não agüentei e tive que "pentelhar" o bicho. Assoviava e ele respondia, e fiquei fazendo isso por um bom tempo. De tanto assoviar apareceu uma cadela, que devia ser da casa. Uma perdigueira bem nova, muito faceira veio correndo ao nosso encontro e ficou fazendo festa. Enquanto a Kombi esfriava fomos ver os laguinhos que tinham na beira da estrada. Mais ao fundo o Vini encontra um Jacaré morto na beira da estrada, agora mais uma diversão, ver se achávamos algum nos laguinhos. Nossa procura foi em vão. Nos despedimos da cadela, mais um assovio para o peru e vamos para Corrientes.
A estrada seguiu sem muitas coisas para se ver, me lembrou mais o filme do "Doutor Dolittle" na cena em que o cachorro fica enjoado no carro. Tudo que víamos era poste, poste, poste, poste, mais ao longe, palanque, palanque, palanque, palanque. A estrada foi mudar muito tempo depois, começaram a surgir árvores e civilização à beira da estrada. Passamos por umas tendinhas que tinham umas garrafas com algo a venda, mas nenhuma placa dizendo o que era. Paramos na próxima, paramos porque pensávamos que era alguma coisa com álcool, mas era mel. Da mesma forma compramos, pois era muito bom. Enquanto comprávamos o mel, Delon e Ale apanhavam algumas mangas na árvore que estava perto da Kombi.
Agora com mel e manga seguimos para Corrientes, ou até a próxima parada. Muitas mangueiras na estrada, em cada casa tinha pelo menos três árvores enormes de manga. E é claro na beira da estrada uma cesta para venda. Me pareceu que parando nessas vendinhas venderiam até a mãe se você pagasse bem. Corrientes se aproximava cada vez mais, passamos tranqüilamente pelos postos policiais na estrada.Chegando na cidade fomos na direção da ponte sobre o Rio Paraguai. Ponte esta que liga Resistência e Corrientes. A ponte, que lembra muito a "Golden Gate", não resistimos e cruzamos, creio que estávamos passando pelo lugar na hora certa. Era fim de tarde e isso nos rendeu boas fotos. Ao cruzar a ponte nos lembramos que tinha as praias do lado de Corrientes, e ao olhar para o lado pudemos constatar que era verdade. Que fazer, ao chegar do outro lado meia volta.
Voltamos a Corrientes e tentamos nos dirigir para a praia que víamos lá da ponte. Quem disse que conseguimos chegar, passamos por um bairro barra pesada e chegamos a beira do nada. Nessa hora mais sorte, duas mulheres vinham voltando da praia, não eram só duas mulheres, são duas mulheres muito, mas muito bonitas. Pensamos em descer de bando, melhor não. Mandamos então nossa representante feminina, a única, e o Delon para pedir informação. Vimos que elas tentavam avidamente explicar como chegar a praia, mas não tinha cristo dos dois entenderem. Agora o bando resolveu descer para ver melhor as duas moças.
Nossa primeira impressão estava correta, o Vini mais que rapidamente pegou a máquina para tirar uma foto. Uma delas ao ver a máquina saltou gritando "FOTO!", e já caiu em uma pose junto da outra. Pronto não queríamos mais nada. Depois disso nos apresentamos formalmente, a da pose se chama "Mória" e a outra que avidamente tentava nos explicar como chegar é a "Sol", abreviação de "Soledad". Sol ao ver que mesmo entendendo o que ela estava me explicando, não tinha como chegar na beira da "praia" por aquele caminho pois o mesmo estava bloqueado, teríamos que entrar na vila para chegar lá. Segundo ela aí sim iríamos nos perder no labirinto que era aquilo. Mais uma vez elas nos surpreendem, Sol diz que vai nos levar até lá, e sugere para ela e a Mória irem junto de carro. Assim seria mais fácil. Aceitamos é claro. Como iria ficar difícil para todos irem, Paulo, eu e o Gustavo fomos à pé e o resto foi na Kombi. Chegando na praia um detalhe interessante, tudo era pago. Banho, estacionamento, e se duvidar o m2 de areia. Fazer o que, tiramos uma foto para marcar o momento e resolvemos seguir viagem.
Antes de seguir viagem, pedimos para elas onde moravam, pois iríamos leva-las em casa. Já era noite, e era o mínimo que poderíamos fazer para agradecer pelo que fizeram. Mais uma surpresa, elas moram em Resistência, nossa parada. Dissemos que íamos para lá também. Nos apertamos na Kombi e seguimos para a cidade. Durante o caminho íamos conversando sobre assuntos variados. Sobre Corrientes, Resistência, o que fazíamos, o que elas faziam. Tudo em gestos e com o meu castelhano de doer. Mas o mais importante é que nos entendíamos. Chegando a Resistência elas nos mostraram um Camping no centro da cidade. Era noite quando chegamos, o Vini foi "falar" com a responsável e acertamos por 7 pesos. Agora sim o momento de retribuir toda a ajuda, começamos comprando umas cervejas para refrescar o calor. Elas concordaram e nos levaram até um mercadinho ali perto. Feita a aquisição, voltamos ao camping, bebi uma com o pessoal e fui tomar um banho. Afinal não ia ficar ao lado dos convidados fedendo a asa. Banho tomado, agora a fome é que deu as caras no grupo e em mim é claro. Mais uma vez pedimos o que nossas anfitriãs queriam.
"Churi-pan" foi a resposta, nosso popular salsichão com pão, muito bem, vamos as compras. Na Kombi agora esta, Mória de co-piloto, Soledad, Gustavo e Ronaldo no banco de trás e eu de motorista. Primeiros metros me confundia com o "direcho" e "direcha". Mas fomos sem tropeços, conhecemos o centro da cidade, locais turísticos e o mercado, onde paramos. Tínhamos que comprar quatro coisas, pão, salsichão, carvão e vinho em garrafão. Os três primeiros sem problemas, mas para o quarto era necessário ter o garrafão. Elas tinham em casa, fomos até a casa delas, pegamos o garrafão e voltamos ao mercado. Com todos os produtos, voltamos novamente para a casa delas para que pudessem se arrumar, tomar um banho para depois irem comer conosco. Sugerimos de ficar esperando, mas elas disseram que iriam depois sem problemas até o camping. Muito bem, liguei o meu GPS mental e rumei por entre as ruas. Graças a Deus o meu GPS não me deixou na mão e acertamos o caminho de volta.
Fogo feito, salsichão no fogo e nada dos anjos que surgiram no nosso caminho. Será que eram pessoas mesmo? Não seriam miragens, seres enviados de outro lugar para nos ajudar? Entidades que depois de tudo desapareciam? Não! Na hora exata apareceram, e com mais dois. Cláudio e Yanina. Conhecemos Cláudio de relance quando deixamos as duas em casa, mas Yanina, irmã dele, não tínhamos visto ainda. A noite seguiu regada a vinho o salsichão com pão e muita conversa fiada. Os quatro sabiam que eu era um dos únicos que falava um castelhano arrastado, então a todo o momento um pedia uma palavra, ou a tecla SAP, e assim íamos conversando. A língua dos sinais é algo impressionante, funciona sempre. O bom neste grupo é que além de eu falar alguma coisa na língua deles, a Sol arranhava alguma coisa no português. Depois que acabou a comida resolvemos caminhar pelo camping, que enquanto caminhávamos descobrimos pelos nossos amigos que era um parque público e ao mesmo tempo um camping. Por isso o preço tão baixo. Nele tinha um play-ground bem grande, um anfiteatro para apresentações diversas, um lago com uma ilha. Durante o dia pudemos conferir tudo. Enquanto caminhávamos tive que admitir para Cláudio o quão envergonhado estava pelo juízo que fazia dos Argentinos, e que partindo daquele dia iria mudar o meu conceito. Ele da mesma forma, disse que veio por medo de deixar as meninas sozinhas conosco. Rimos e quebramos os preconceitos de ambos os lados. Que bom ter a humildade de ver que se errou, admitir o erro e mudar uma opinião. Só por isso essa viagem já está valendo cada centavo. Tiramos algumas fotos no anfiteatro, caminhamos mais um pouco pelo parque, conversamos até que o pessoal teve que ir. Já era muito tarde, na verdade deveria trocar o dia deste diário, mas só faço isso quando acordo.
Nossos amigos foram embora, mas prometeram que no dia seguinte iriam voltar, e nós prometemos que estaríamos ali mesmo. Despedidas e cada um para o seu canto. O Gustavo e eu sem sono só fazíamos merda, falávamos bobagens, fazíamos poses ao lado da Kombi, tudo regado a vinho, é claro. Depois de aprontar bastante, o sono foi batendo e aí não resisti. Entrei na barraca com mais espaço e morri.

Fotos

















































































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