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Atacama de Kombi - Praticamente um saleiro.

Foi dada a partida, saímos as 7:10 do camping e a Kombosa marcava os seus 11979 Km. Estávamos indo bem, paramos para abastecer, estávamos ainda fazendo uma média de 8Km por litro, uma boa marca para tudo que a Kombi tinha que carregar.
Saindo de Salta passamos por alguns rios que certamente são de água de degelo, muita pedra e água bem limpa, começamos a subir lenta e gradativamente, a estrada é bem sinuosa e arborizada, lembra bastante a estrada de Nova Petrópolis para Caxias do Sul (Rio Grande do Sul – Claro!!!). No início do trajeto achamos uma barragem, foi onde para conseguirmos uma boa foto tivemos que mover um senhor pedregulho. Não sei se era a pedra que era pesada a beça ou nós que éramos programadores fracotes... prefiro acreditar que a pedra era bem pesada.
Seguindo pelo trajeto, havia partes que pediam para buzinar antes das curvas para avisar, pois só passava um carro por vez. Não pegamos nenhum movimento no trajeto. Haviam lugares que era fundamental parar por dois motivos, um pelas pirambeiras que mereciam fotos e porque o Paulo estava apavorado. A cada curva que eu fazia ele avisava, “Vai mais para lá guri!”, “Ai minha mãe, olha o perau guri!” EHEHEH Dirigir uma Kombi perto de uma pirambeira é um tanto apavorante, dado que o motorista está a frente dos pneus e de cara no vidro... não tem como não olhar para baixo.
Depois de rodar um bom bocado pudemos ver que a barragem lá do início fazia um senhor espelho d`água. Seguimos o nosso rumo para San Salvador de Jujui. Tínhamos que parar na cidade para abastecer, nos abastecer e trocar alguns pesos. Aproveitamos para fazer um breve “city tour”, e sem querer paramos na igreja matriz da cidade. Muito bem conservada e adornada.
Na saída da cidade rumando para Purmamarca nos deparamos com uma lhama, alpaca sei eu... só sei que o bicho não é comum para nós e claro paramos para ver se era brabo ou manso. Qualquer coisa domávamos, afinal somos gaúchos! Para sorte de todos o bicho é calmo, e diria que ficou apaixonado pelo Vini, foi o único que o bicho encarou. Diria que por conta da cabeleira. EHEHEH
Pé na estrada novamente... nova parada, esta obrigatória, afinal achamos uma placa gigantesca com o nosso destino. Muitas fotos para registrar o momento e não ter dúvidas que realmente estamos indo na direção certa.
O legal era ver a diferença da vegetação a medida que avançávamos na direção do deserto. Sempre subindo e subindo, mas nada que deixasse a Kombi mal na foto, ela seguia enfrentando muito bem o caminho. Para todos os lados só víamos montanhas, paramos em uma cidade (Quebrada) que parecia abandonada, mas não estava. Pelo visto esta cidade era um ponto de parada quando o trem ainda estava ativo. Nesta cidade havia uma feira com produtos da região, mas o melhor era o “Maxikiosco” e o “Maxi” proprietário. Pessoal sempre muito atencioso. O guri até agüentou a pentelhação do Vini e do Gustavo.
Ao vermos o primeiro cactos mais próximo e ver que o verde tinha praticamente sumido. Paramos a Kombi. O trio parada dura (Gustavo, Delon e Vini) saíram correndo morranca acima pareciam que estavam com a pomba gira no corpo. E o resto do pessoal se matando de tanto rir dos três totalmente alucinados escorregando nas pedras do deserto. Apostando corrida morro abaixo.
Depois que voltaram seguimos nosso trajeto e paramos em um museu que havia na estrada, não entramos por dois motivos. Estava fechado, mas mesmo se estivesse aberto o custo da entrada era um tanto alto para um museu perdido no meio do deserto. Mas o local rendeu macaquices do Führ filho e do Vini na árvore e com a pobre Kombi.
Passamos de Purmamarca e seguimos até Tilcara por ser o únicolocal com um posto de gasolina e precisávamos do tanque cheiopara seguir viagem. Chegando na cidade, aproveitamos paraalmoçar, o Vini e o Gustavo até tentaram trovar umas meninas que aguardavam carona, mas não foi desta vez que conseguiram.
Quem sabe San Pedro de Atacama seja mais próspera neste quesito. No restaurante pedimos por um prato que parecia ser bem interessante por ter bastante grão, mas ninguém sabia o que iria comer. Nem a “moça” (garçonete) soube explicar. Só disse que era muito bom, mas pela fome que tínhamos podia vir pedra ao sugo que iríamos comer tudo.
Depois de um bom tempo veio o rango, este motivo de boas risadas, pois era sopa de grãos. Realmente muito bom, mas comer sopa no deserto é uma obra. Quente pacas e nós comendo uma sopa. AHAHAHAH Eita turistada.
Depois de comer nossa sopa de grãos e carne voltamos parte do trajeto para agora encarar de vês uma bela subida, meu primeiro temor com a pobre Kombi. No trajeto encontramos um andarilho em busca de carona, claro que nós paramos, Fagundo é o andarilho. Ele ficou em uma cidadezinha mais adiante, mas deu tempo de assinar a bandeira e conversar um pouco. A essa altura da viagem nem precisava mais interceder com o meu portunhol. Era fácil de saber quando uma cidade estava se aproximando, se tinha algum tufo de árvore é porque tinha uma casa, se tinham vários tufos era vilarejo. Deixamos o Fagundo e seguimos viagem, no caminho mais uma carona. Agora Genova, era da Europa e estava a passeio. Tinha um conhecimento que deixou o Vini apaixonado novamente. EHEHEH A Genova iria ficar mais tempo de carona pois ela e seu grupo estava indo para as salinas, nosso próximo ponto. O legal que até então nem tínhamos idéia que iríamos passar por uma salina.
Então a Jenofa veio conosco e o resto do grupo foi de carona em outro carro, seguimos o trajeto. Agora sim a subida começou a ficar íngreme. Subíamos a uns 20Km/h em alguns pontos, por dois motivos. A Kombi não permitia mais e a estrada também. As curvas eram cotovelos. Depois de algum tempo paramos para ver se não tinha caído alguma peça do motor. O Vini e o Gustavo saíram a correr pelo deserto, e para espanto de todos acharam uma placa que dizia que já estávamos no Atacama. Só não tínhamos completado o percurso pois não havíamos chegado a San Pedro de Atacama. Ajustamos a Kombi abrindo um pouco mais a mistura de ar para a queima. Em nossa vã filosofia isso iria ajudar, nos primeiros metros até parecia que tinha funcionado, mas seguindo não deu muita diferença. E seguimos subindo e subindo e a estrada nos rendeu boas fotos com todo o trajeto para baixo altamente sinuoso. Quando chegamos aos 4170m de altitude vimos que não subiríamos mais. Che loco, correr a uma altitude dessas é terrível.
Agora tudo de subimos começamos a descer, e morro a baixo seguiu sendo íngreme, com algumas curvas bem fechadas, mas agora morro abaixo a Kombi não sofreu e ia só na maciota. Depois de muito descer tudo fica plano novamente e ao fundo parece um grande lago. Daí começaram os questionamentos, é lago ou é a salina? Lago ou Salina, fomos chegando mais perto e vimos que era a salina. Quando entramos nela era tudo branco para os dois lados. Parecia que tinha nevado.
Quando chegamos ao ponto de encontro que a Jenofa tinha que ficar paramos e saímos para conhecer o lugar. Era bem peculiar, a estrada dividia a salina em duas, do lado direito, parte com a casa de sal (Sim a casa era feita de sal), ficava o sal usado para comércio. E na margem oposta ficava o sal para esculturas e ornamentos. O Ronaldo e eu fomos até as piscinas de sal e o resto do pessoal ficou na Kombi tirando várias fotos.
Seguimos viagem pois a noite se aproximava e o frio começava a bater, deserto é muito louco, quente durante o dia e frio a noite. No percurso após passarmos por Susques começou a chover, sim nobre infante, chove no deserto e nós vimos isso. Passamos por um hotel e pelo valor que eles praticavam iriam morrer de fome no deserto. EHEHEH Era mais caro o quarto que tudo que havíamos gasto até então. Decidimos seguir e parar assim que encontrássemos algo. E encontramos, um posto policial onde eles realizavam a saída da Argentina, sim estávamos saindo do país e finalmente chegando no Chile. O guarda do local nos forneceu água quente, mas não podia fornecer abrigo por ser uma alfândega. Apenas foi categórico em dizer que não podíamos seguir viagem pois estava nevando nos Andes e não estávamos preparados para isso. Ele nos indicou um local para estacionar, naquele local ficaríamos abrigados do vento frio que desceria. Muito bem, nos dirigimos para lá e só nos restava nos aquecer e tentar dormir. Antes de dormir tentamos fazer algo para comer, mas o fogo não dava conta de esquentar nem água. Que beleza!! A saída foi comer miojo cru com sardinha e salsicha em lata. Quando começamos a nos ajeitar o teto da Kombi começou a condensar e pingar. Uma maravilha de noite. Para completar a Ale não estava muito bem.

Fotos






















































































































































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