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Atacama de Kombi - Segunda vez subindo os Andes!

Hoje é dia de um bom trajeto, algo perto de 600Km! Antes é claro, um café da manhã reforçado, entrega das chaves e vamos nós. Tentei entender onde ficava a casa de cambio, mas aí sim precisávamos de um GPS. O melhor é sacar no posto mesmo, afinal hoje tempo será dinheiro, pois temos que cruzar os Andes novamente para voltar a Argentina e a economia no bolso. Chile além de estar caro tem pedágio, muito pedágio.
No caminho um belo mirante do Pacífico, uma parada obrigatória, vai saber se ainda íamos ver o dito cujo. E não sei se era por estarmos indo para os Andes, mas a temperatura já estava baixando. Seguindo fomos em direção a “Los Vilos”, cidade beira-mar com um sítio arqueológico. Como estávamos a passeio mesmo, óbvio, paramos. Um local bacana, mas de passagem rápida. Rendeu algumas bobagens com o que o mar trouxe para a beira da praia, mas era isso.
Como havíamos desistido de encher o botijão, Santiago deixou de ser um ponto de parada, queríamos hoje era voltar para a Argentina. Então nosso ponto para referência passou a ser San Felipe. Como estávamos rumando para os antes, o verde voltava, os morros, agora tinha bastante túnel e por conta das encostas e do frio, uva. Muita uva. Comparando toscamente parecia que estávamos indo para Bento Gonçalvez.
No caminho estradas de filme com árvores na beira, parreirais ao fundo e os Andes, a cada kilômetro eles iam crescendo e crescendo. Dado que íamos passar fronteira o Delon volta ao volante, afinal era o dono do carro. Notamos que o volume de caminhões de carga pesada ia aumentando assim como os Andes.
Na beira da estrada havia um rio de correnteza forte dado a declividade do que estávamos subindo. Era impressionante não parávamos de subir. E as placas no percurso não eram nada interessantes, lembramos que a Kombosa podia arriar no morro. Tanto que depois de um mega túnel que pelo visto foi criado para conter a neve e não bloquear a passagem, paramos para dar um tempo para o “Pingüim Alado”.
Fomos conferir o motor, tudo OK, fomos conferir o morro, nada OK, alto muito alto intimidador. Dado o tempo daKombi, seguimos. Chegou ummomento que víamos os caminhões serpenteando o morro e de fato ficamos eufóricos que também íamos fazer aquilo com a Kombi que tinha capotado. Mais uma para a lista do lucro. As placas na beira da estrada deixaram de ser por kilômetro e passaram a ser por número de curvas. Íamos de um lado para o outro com curvas que eram cotovelos e pior, dava para olhar para baixo e ver que havíamos subido alguns níveis e os Andes não diminuíam. A Kombosa subia em segunda e nas curvas só colocando a primeira. Não saíamos dos 20 Km/h, isso quando chegávamos nele.
Em uma das curvas, outro momento que entro para a lista do “agora é lucro”. Jogamos a Kombi para o acostamento e saímos correndo! Neve! Um monte dela, novamente crianças. Literalmente colocamos a bunda na neve, escorregamos na neve, guerra de neve. Era um tufinho, mas era neve e estava ali. Bah! Que mais teremos para hoje pensamos. Que mais? Curvas é claro, estávamos na 27 e nada ainda, só o frio e os caminhões nos ultrapassando. Mas a Kombosa tava firme.
Seguimos subindo e subindo, até que a coisa se acalmou e vimos a placa nos avisando que estávamos saindo do Chile. Daí mais uma, para ir para a Argentina era um túnel sem igual, “Tunel Del Cristo Redentor”, outra para a lista do lucro. Esse túnel atravessa os Andes e um pouco além da saída está a alfândega. Mais alguns minutos de tensão,sempre a cada troca de alfândega dava um frio na barriga. Carimbos nos passaportes, papel para quem não tinha passaporte e vamos que vamos que a gasolina (“Nafta”) está acabando, aliás está além do ponteiro do fim do marcador.
Para nossa sorte escolhemos esta época, pois aqui sim tem neve. Deve ter muita, pois na lateral da estrada tem marcadores de altura. Nem quero imaginar o que seria de nós com neve e correntes nas rodas. Bah! Diria que não iríamos subir.
Virge a Kombi tá começando a engasgar, por sorte em uma das curvas avistamos telhados. Era verde esperamos ser telhado... Mórreu! Na banguela chegamos a um posto de gasolina já 9 horas da noite. Ufa!
“Sem Nafta!”. Agora sim estamos ferrados. O posto está sem gasolina e o caminhão está previsto para o dia seguinte. Fazer o que, vamos armar acampamento perto do posto. Para a sorte do Delon onde paramos é uma estação de esqui, que mesmo sem neve está em funcionamento. Um restaurante, hotel, posto, agência de turismo entre outros. Tudo está em pleno funcionamento pois tem uma coisa, coisa a toa que passamos voando por conta da falta de gasolina. Nada além do ponto mais alto da América do Sul, o Aconcágua. EHEH Que bando de manes que nós somos. O lugar estava minado de pessoas que iriam escalar o pico. Conversando com o pessoal descobrimos que leva muito tempo e que iríamos nos atrasar muito. Mas que íamos ver ele de longe isso íamos. Imagina seria como ir a Roma e não ver o Papa!
Como já é noite e não temos muito que fazer o negócio é ir ao restaurante comer e dormir. Ponto preocupante, a mancha de óleo está um pouco maior que vimos no estacionamento Vicuña do shopping. Deixamos assim por ter escalado de Kombi os Andes, não há de ser nada preocupante.

Fotos





































































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